sexta-feira, 19 de abril de 2013

Aquele que não sabe usar o ócio...

Leo von Klenze. Reconstruction of the Acropolis and Areus Pagus in Athens (1846)
Para que não digam que não tentei explicar o título da página - que foi uma opção tomada após várias outras, provavelmente mais interessantes, mas por vezes com associações perigosas -, acredito que o texto de Aulus Gellius abaixo traduz uma parcela da motivação.
"Otio qui nescit uti . . .
plus negoti habet quam cum est negotium in negotio;
nam cui quod agat institutumst non ullo negotio
id agit, id studet, ibi mentem atque animum delectat suum:
otioso in otio animus nescit quid velit
Hoc idem est ; em neque domi nunc nos nee militiae sumus;
imus hue, hinc illuc; cum illuc ventum est, ire illinc Iubet.
Incerte errat animus, praeterpropter vitam vivitur."
- Aulus Gellius. Noctes Atticae (séc. II EC)


 Que se traduz mais ou menos assim:
"Aquele que não sabe usar o ócio . . .
tem mais trabalho do que quando há trabalho no trabalho;

Pois para quem uma tarefa foi determinada, este faz o trabalho,
o deseja, e deleita sua própria mente e intelecto:
no ócio, a mente não sabe o que quer.
O mesmo é verdade (para nós); não estamos em casa nem no campo de batalha;
nós vamos aqui e lá, e onde quer que haja movimento, nós estamos lá também.
A mente vaga insegura, exceto de que a vida é vivida." 
Tomarei este como o tema de início deste blog.

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